17/04/2018 às 17:14:28
17/04 - Dia Mundial da Hemofilia. Entenda o distúrbio nos fatores VIII e IX:
Autor: Fonte: LabNetwork
Os fatores de coagulação são proteínas presentes no plasma sanguíneo e responsáveis por ajudar a estancar os sangramentos internos e externos que ocorrem no corpo humano. Quando a parede do vaso sanguíneo é danificada, ocorre a ativação das plaquetas, substâncias que, juntamente com as hemácias e os leucócitos, formam os elementos figurados do sangue.
As plaquetas se aglomeram sobre o local lesionado formando um tampão plaquetário, o que, em casos de hemorragias pequenas, já é suficiente para estancar o sangramento. Entretanto, muitas vezes, o tampão de plaquetas apenas começa o processo de estancar o sangue e é por esse motivo que se tem início a cascata de coagulação.
A cascata de coagulação refere-se a uma sucessão de reações químicas que têm como produto final o coágulo. Os principais responsáveis por esse processo são os fatores de coagulação, que vão do Fator I ao XIII. Cada fator ativa o próximo, de modo que todos são necessários para que a cascata de coagulação seja concluída com sucesso.
Assim, a deficiência quantitativa e/ou qualitativa de algum fator influencia na coagulação do indivíduo – o que é o caso da pessoa com hemofilia. Como a cascata não chega até o fim, a formação do coágulo é interrompida e, consequentemente, os sangramentos precisam de um tempo muito maior para serem controlados.
Quem apresenta deficiência no Fator VIII possui hemofilia A e aqueles que apresentam no Fator IX possuem hemofilia B. De acordo com a Federação Mundial de Hemofilia (World Federation of Hemophilia), se a atividade desses fatores estiver entre 5 e 40%, caracteriza-se a hemofilia como leve; entre 2 e 5% como moderada; e menor do que 1% como grave. A WFH considera, ainda, que a hemofilia é rara, pois, a cada 10 mil pessoas, uma nasce com a doença, que é hereditária.
Com o intuito de dar visibilidade à doença e informar a população em geral, dia 17 de abril é o Dia Mundial da Hemofilia. A WFH estipula que 75% das pessoas com distúrbios sanguíneos ou não são tratadas ou não recebem o tratamento adequado, o que reforça ainda mais a necessidade da data. O primeiro passo para começar a reverter essa estatística é detectar o distúrbio sanguíneo, o que pode ser feito por meio de exames como o coagulograma e as dosagens de fatores específicos de coagulação.