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14/03/2016 às 17:39:23
Chuvas e enchentes trazem à tona o risco da leptospirose
Autor: Instituto Albert Einstein
Muita atenção com a água das chuvas e enchentes que têm assustado a população! Até março, com tanta água desabando sobre as cidades, aumentam de casos de leptospirose. O menor contato com água infectada, como a das enchentes, por exemplo, já oferece risco de contaminação.
A doença
A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria leptospira, encontrada principalmente na urina de ratos.
A principal forma de contaminação é o contato com essa urina, presente em esgotos e bueiros, que se mistura às águas das chuvas, enxurradas e lamas de enchentes. A doença não é transmitida entre seres humanos.
Qualquer pessoa que tiver o mínimo contato com a água infectada, pode ser contaminada pela bactéria. A leptospira penetra no corpo através da pele, geralmente, se o indivíduo tiver algum tipo de lesão. Frieiras, cortes, unhas encravadas, arranhões, ferimentos e lesões, até mesmo aquelas impossíveis de serem vistas a olho nu, podem ser uma porta de entrada para a leptospirose.
A contaminação pode acontecer por contato direto e rápido. Por exemplo, uma pessoa que está dirigindo seu carro e, de repente, fica presa em uma enchente. Ao abrir a porta do carro e colocar o pé na água, já está correndo risco de contaminação.
Um dos problemas de detecção da leptospirose é que, muitas vezes, a doença é assintomática, ou seja, não apresenta sintomas.
Nos casos mais leves, pode acontecer de a doença terminar antes que a pessoa perceba ter sido infectada. Nos mais graves, se a pessoa descobrir em estado mais avançado, existe até mesmo risco de morte.
Os sintomas são parecidos com o de uma gripe comum: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo - principalmente nas panturrilhas, podendo também dar uma aparência amarelada à pele do doente.
Quem apresentar febre, dor de cabeça e dores no corpo, dias depois de ter entrado em contato com águas de enchente ou de esgoto, deve procurar um centro de saúde imediatamente e lembrar de avisar ao médico sobre a forma de contato.
Os primeiros sintomas, normalmente, levam de uma a duas semanas depois do contato com a enchente para aparecer. Mas podem levar até 30 dias para dar um sinal.
O diagnóstico é clínico, ou seja, o médico deve acompanhar os sintomas e conhecer o histórico do paciente . Mas, muitas vezes, são utilizados exames laboratoriais para diagnosticar a presença de anticorpos contra a leptospira no organismo.
Proteção para a população
O diagnóstico precoce é ideal para um tratamento rápido e com sucesso, pois, felizmente, a bactéria é sensível e a doença curável. No entanto, muitas pessoas são infectadas e ficam em casa tratando dos sintomas como se fossem os de uma gripe. Quando procuram serviço de saúde, o quadro já pode ser avançado e, assim, existir até risco de morte.
O número de casos de leptospirose é maior nos centros urbanos, onde a quantidade de ratos é maior. A maior incidência na população está entre os homens dos 20 aos 35 anos, pela maior exposição a situações de risco.
No Brasil, não há vacina contra a doença em seres humanos, mas existe para cães, bovinos e suínos. O ideal é que esses animais sejam vacinados anualmente para reduzir as chances de transmitir a doença ao homem.
No combate à leptospirose, a população, por um lado, necessita do trabalho de autoridades públicas, como a realização de obras de saneamento adequadas e o controle de roedores. Por outro, tem sua parcela de responsabilidade não jogando lixo em locais impróprios – reduzindo, dessa forma, as chances de enchentes e o número de ratos, além de utilizar medidas de proteção sempre que enfrentar situações de risco.
Para quem trabalha em ambientes onde possa acontecer contato com urina de ratos, a utilização de equipamentos de proteção individual, como luvas e botas impermeáveis, é fundamental.
O tratamento da leptospirose consiste basicamente em utilização de antibióticos e hidratação. Os casos mais leves podem receber atendimento ambulatorial. Já os mais graves necessitam internação em terapia intensiva.
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